domingo, 7 de junho de 2015

INCLUSÃO: OS DIFERENTES MODELOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM


OS DIFERENTES MODELOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Na escola, em uma sala de aula, temos alunos com diferentes estilos e modelos de aprendizagem. Ao mesmo tempo, temos professores que apostam em diferentes estilos de ensino, que podem levar ao sucesso ou ao fracasso escolar, dependendo de como o aluno consegue de adaptar ao método de ensino escolhido.
Entre estes modelos, podemos citar:


                                                 


- modelo receptivo: caracterizado pela memorização de conteúdos e acúmulo de conhecimentos. Neste modelo, o professor fala e o aluno ouve. Os conhecimentos anteriores dos alunos são desconsiderados. Nesta visão, espera-se que o aluno interaja e incorpore o novo material em contextos formais;
- modelo por assimilação: valoriza o estabelecimento de relações com conhecimentos escolares anteriores, além de valorizar a aprendizagem significativa a partir do momento em que o aluno pode relacionar, a aprendizagem atual, com as suas experiências anteriores. O aluno se apropria do novo e, ao aplicar o conhecimento, ele é capaz de evidenciar o aprendizado;
- modelo por descoberta: enfatiza a descoberta de princípios e conceitos, por meio do esforço do próprio aluno, valorizando a prática e a experimentação como facilitadora do aprendizado. O conteúdo essencial a ser aprendido não é dado, e sim, descoberto pelo aluno e, por consequência, deve ser incorporado na estrutura cognitiva do aluno.
Tanto os modelos receptivo, por assimilação e por descoberta podem se transformar em aprendizagens significativas dependendo do contexto que ocorram.

- método por substituição de conhecimentos: cada aluno constrói o conhecimento ao longo da vida mas, muitas vezes, esses conhecimentos são considerados como errôneos ou informais por não atenderem aos critérios de validade de conhecimentos científicos. Significa substituir as concepções erradas ou espontâneas pelos conhecimentos científicos;
- método por construção: esta visão leva em conta que, ao aprender, o aluno chega a solução de um problema construído o conhecimento pela sua ação. Para isto, o ambiente tem um papel muito intenso na construção do conhecimento e na produção do saber. Sendo assim, o conhecimento nunca está pronto e acabado e os conhecimentos são construídos pelos alunos mediante o estímulo e o desafio.

Fonte: http://atividadeparaeducacaoespecial.com/category/disturbios-na-aprendizagem/

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Conheça o DPAC – Distúrbio do Processamento Auditivo Central

Além dos tipos mais conhecidos de perdas auditivas (a condutiva e a neurossensorial) e da Neuropatia Auditiva, existe um outro tipo de distúrbio relacionado com a audição humana, mas que, ao mesmo tempo, não é bem classificado como perda auditiva. Estamos falando do Distúrbio do Processamento Auditivo Central (DPAC), também chamado de Disfunção Auditiva Central ou Transtorno do Processamento Auditivo.

O DPAC é caracterizado por afetar as vias centrais da audição humana, ou seja, as áreas cerebrais relacionadas às habilidades auditivas e de interpretação das informações sonoras. Na maior parte dos casos, o sistema auditivo periférico (tímpano, cóclea, nervo auditivo) encontra-se totalmente preservado, daí o motivo do DPAC dificilmente levar a nomenclatura de Surdez Central. A principal consequência do distúrbio está no processamento das informações captadas pelas vias auditivas. Assim, a pessoa ouvirá claramente a fala humana, mas terá dificuldades em decodificar e interpretar a mensagem recebida. Veja, a seguir, a explicação sobre o DPAC em imagens.

 



Fonte da imagem: http://enfrentandooautismo.blogspot.com.br/

Em indivíduos sem alterações do Sistema Auditivo Central, a área relacionada ao processamento auditivo é composta das seguintes habilidades: atenção seletiva, discriminação, localização, reconhecimento do som, compreensão, integração (integrar o som aos outros órgãos dos sentidos) e memória auditiva. O DPAC pode atingir uma ou várias destas habilidades, em diferentes graus. As mais afetadas costumam ser as relacionadas com as funções de decodificação (entender o que se ouve), codificação (construir uma informação com base no que se ouviu), memória auditiva e prosódia (capacidade de entender o duplo sentido das palavras).

Gilda Viana, mãe do Cauã, de oito anos, comenta sobre as dificuldades auditivas de seu filho. “Ele foi encaminhado à fono pela escola devido à troca nos fonemas, somente na escrita, P com B, D com T, F com V, C com G. Fomos em uma fono em que não obtivemos grandes avanços, então tirei-o desta fono e coloquei ele no Kumon. Mas, no início deste ano, a escola pediu que o levasse novamente à fono, e por sorte encontrei uma excelente profissional, que pediu o exame DPAC, onde o resultado deu positivo, de grau moderado. O problema dele é mais na decodificação dos sons”, afirma.

Causas, diagnóstico e tratamento

As causas mais comuns do DPAC são por origem genética, lesões cerebrais por anóxia ou traumatismo craniano, presença de outros distúrbios neurológicos, atraso maturacional das vias auditivas do Sistema Nervoso Central ou por envelhecimento natural do cérebro. Por isso, a maior parte dos diagnósticos é feita em crianças e idosos. Os principais sintomas que podem ser percebidos em grande parte dos casos são: a presença de zumbidos ou alucinações auditivas, dificuldade para ouvir em ambientes ruidosos, dificuldade em acompanhar informações auditivas complexas e em localizar fontes sonoras, falta de interesse por música e extrema desatenção auditiva. Particularmente em crianças o DPAC se manifesta através de dificuldades de concentração, memorização, aprendizagem, leitura, escrita e também pela troca de fonemas, e pode vir acompanhado de outros distúrbios, como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Este é o caso de Victor Gabriel, de sete anos. Sua mãe, Sonia Freitas, conta que, junto com o DPAC, seu filho também recebeu o diagnóstico de TDAH. “Meu filho foi diagnosticado com DPAC e TDAH. Após avaliações com neuropediatra, testes psicológicos e exames fonoaudiológicos que acusaram a origem dos problemas, hoje ele necessita de medicação (Venvanse, 30mg), acompanhamento com psicopedagoga e terapia de cabine com a fonoaudióloga. Ele já foi alfabetizado e está no segundo ano escolar”, diz ela.

Nos mais jovens, é de extrema importância que o diagnóstico seja efetuado o quanto antes, para que as sequelas no aprendizado escolar sejam superadas mais facilmente. O cérebro humano tem, principalmente durante a infância, uma grande flexibilidade em seu desenvolvimento, o que é chamado de plasticidade neural. Com o tratamento fonoaudiológico e o apoio de uma equipe pedagógica adequada desde cedo, a criança possuirá muito mais chances de um ótimo desempenho escolar, pois seu cérebro estará sendo treinado a compensar, através da propriedade da plasticidade citada acima, as falhas neurológicas das vias auditivas centrais.

O diagnóstico do DPAC é composto de procedimentos um pouco mais elaborados do que as análises audiométricas comuns, pois é importante diferenciar a perda de audição localizada no órgão sensorial (ouvido) da alteração do processamento auditivo central. Para isso, é exigido, além das audiometrias padrão, testes para PAC (monóticos, dióticos e de interação binaural) e de avaliação do desenvolvimento linguístico e do comportamento auditivo. A idade mínima para tal diagnóstico é a partir dos quatro anos, e estes exames são realizados pelo próprio profissional fonoaudiólogo, com ou sem o uso de cabine acústica (o que depende da especificidade de cada caso), porém, ainda não são muito comuns e não costumam fazer parte da rotina dos hospitais públicos brasileiros. Apenas alguns convênios particulares cobrem tais procedimentos.

Os exames apontarão em quais habilidades auditivas a criança possui maior dificuldade, e isto vai servir de orientação para a escolha dos exercícios e das técnicas de treinamento auditivo que o fonoaudiólogo exercitará com a criança. Atividades, jogos e o uso da cabine acústica são alguns dos recursos utilizados na reabilitação. Um trabalho multidisciplinar que envolva também os pais, a escola e os professores é de extrema importância para o desenvolvimento global do indivíduo com DPAC. Infelizmente, em muitos casos a escola não dá a devida atenção às necessidades específicas do aluno com este distúrbio auditivo, preferindo taxa-lo de “preguiçoso” ou “incapaz”, conforme nos conta Soleci Gottardo, mãe do João, de oito anos, que passou por uma experiência preconceituosa na antiga escola em que estudava.

“As dificuldades do João começaram a aparecer no ano passado, quando ele deveria se alfabetizar. A escola me chamou e disse que ele não estava conseguindo evoluir e que eu deveria procurar ajuda. A médica pediu todos os exames, e entre eles, o exame de processamento auditivo, e no final veio o diagnostico do DPAC. Então, ele começou um acompanhamento com uma fonoaudióloga e continua também com a psicopedagoga. Mas tive que trocá-lo de escola na metade do ano, porque a escola insistia que o João não fazia as atividades porque não queria e que só escutava aquilo que era conveniente para ele. Eu levei todos os exames e atestados, mas a escola não entendeu ou não quis entender, e simplesmente o expulsou de lá. O pior foi que eles falaram para o João para ele procurar outra escola e que ele não precisava nem ir para a aula no dia seguinte. Fui lá conversar, mas o colégio não mudou de opinião, e no último dia, quando fui buscar a transferência, eles afirmaram que o João não tinha problema de aprendizagem, mas sim falta de limite e que ele não tinha se adaptado ao método do colégio. A diretora chegou a falar que não adiantava ficar com uma criança que produzia menos que as outras”, conta Soleci.

Tratamentos alternativos e orientações aos pais e mestres

Além do acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, alguns especialistas defendem também uma terapia Homeopática, pois acreditam que tais substâncias tornam o cérebro mais receptivo aos estímulos, acelerando o resultado do tratamento fonoaudiológico. Outra opção para auxiliar a criança com DPAC é o uso do Sistema FM na escola, pois este equipamento também pode ser utilizado em indivíduos sem perda auditiva periférica. O FM amplificará a voz do professor, fazendo com que a criança volte sua atenção mais facilmente para o que este explica em sala de aula. E se, além do DPAC, o diagnóstico também apontar perda auditiva condutiva ou neurossensorial, a criança deverá usar AASI (Aparelhos de Amplificação Sonora Individual) ou Implante Coclear, dependendo do grau de sua perda.

Veja a seguir algumas dicas para pais e professores para ajudar no desenvolvimento das crianças com DPAC (orientações retiradas e adaptadas do site Prontuarioidmed.com.br).

– Reconhecer que o indivíduo não tem controle de suas dificuldades.

– Compreender que a criança não tem dificuldades com os seus recursos intelectuais. Ajude-a a descobrir seus talentos.

– Falar com um ritmo contendo pausas nítidas, com articulação clara, com ênfase na entonação e dando pista orofacial.

- Não negar a repetição do que foi dito quando a criança não compreendeu anteriormente.

– Guardar uma posição preferencial do indivíduo com DPAC em sala de aula, isto é, de modo a permitir a completa visualização do rosto do professor.

– Se possível, entregar a aula impressa para o aluno antes de ministrar.

– O professor de educação física e o de música podem ajudar com treinamento auditivo durante as atividades.

– Reconhecer que pode ocorrer cansaço mental antes do esperado. O descanso mental significa uma atividade motora, como subir e descer escadas.

– Cuidar do ruído do ambiente físico para garantir a inteligibilidade da fala.

– Realizar solicitações em frases curtas, dando uma ideia por vez. Ex.: Abra o estojo. Procure o lápis preto. Pegue o lápis preto.

– Assegurar-se de que a criança compreendeu as solicitações, pedindo-a para repetir o que foi dito. Falar alto quando precisar chama-la.



Por Ana Raquel Périco Mangili.
Fonte: http://www.adap.org.br/site/index.php/artigos/161-conheca-o-dpac-disturbio-do-processamento-auditivo-central




Estamos enlouquecendo nossas crianças: estímulos demais, concentração de menos

                                   

Vivemos tempos frenéticos. A cada década que passa o modo de vida de 10 anos atrás parece ficar mais distante: 10 anos viraram 30, e logo teremos a sensação de ter se passado 50 anos a cada 5. E o mundo infantil foi atingido em cheio por essas mudanças: já não se educa (ou brinca, alimenta, veste, entretêm, cuida, consola, protege, ampara e satisfaz) crianças como antigamente!

O iPad, por exemplo, já é companheiro imprescindível nas refeições de milhares de crianças.Em muitas casas a(s) TV(s) fica(m) ligada(s) o tempo todo na programação infantil – naqueles canais cujo volume aumenta consideravelmente durante os comerciais – mesmo quando elas estão comendo com o iPad à mesa.

Muitas e muitas crianças têm atividades extra curriculares pelo menos três vezes por semana, algumas somam mais de 50 horas semanais de atividades, entre escola, cursos, esportes e reforços escolares.Existe em quase todas as casas uma profusão de brinquedos, aparelhos, recursos e pessoas disponíveis o tempo todo para garantir que a criança “aprenda coisas” e não “morra de tédio”.As pré escolas têm o mesmo método de ensino dos cursos pré vestibulares.Tudo está sendo feito para que, no final, possamos ocupar, aproveitar, espremer, sugar, potencializar, otimizar e, finalmente, capitalizar todo o tempo disponível para impor às nossas crianças uma preparação praticamente militar, visando seu “sucesso”. O ar nas casas onde essa preocupação é latente chega a ser denso, tamanha a pressão que as crianças sofrem por desenvolver uma boa competitividade.
Porém, o excesso de estímulos sonoros e visuais, físicos e informativos impedem que a criança organize seus pensamentos e atitudes, de verdade: fica tudo muito confuso e nebuloso, e as próprias informações se misturam fazendo com que a criança mal saiba descrever o que acabou de ouvir, ver ou fazer.

Além disso, aptidões que devem ser estimuladas estão sendo deixadas de lado:

Crianças não sabem conversar
Não olham nos olhos de seus interlocutores
Não conseguem focar em uma brincadeira ou atividade de cada vez (na verdade a maioria sequer sabe brincar sem a orientação de um adulto!)
Não conseguem ler um livro, por menor que seja.
Não aceitam regras
Não sabem o que é autoridade.
Pior e principalmente: não sabem esperar.
Todas essas qualidades são fundamentais na construção de um ser humano íntegro, independente e pleno, e devem ser aprendidas em casa, em suas rotinas.

Precisamos pausar. Parar e olhar em volta. Colocar a mão na consciência, tirá-la um pouco da carteira, do telefone e do volante: estamos enlouquecendo nossas crianças, e as estamos impedindo de entender e saber lidar com seus tempos, seus desejos, suas qualidades e talentos.

Estamos roubando o tempo precioso que nossos filhos tanto precisam para processar a quantidade enorme de informações e estímulos que nós e o mundo estamos lhes dando.




Calma, gente. Muita calma. Não corramos para cima da criança com um iPad na mão a cada vez que ela reclama ou achamos que ela está sofrendo de “tédio”. Não obriguemos a babá a ter um repertório mágico, que nem mesmo palhaços profissionais têm, para manter a criança entretida o tempo todo.

O tédio nada mais é que a oportunidade de estarmos em contato conosco, de estimular o pensamento, a fantasia e a concentração.

Sugiro que leiamos todos, pais ou não, “O Ócio Criativo” de Domenico di Masi, para que entendamos a importância do uso consciente do nosso tempo.

E já que resvalamos o assunto para a leitura: nossas crianças não lêem mais. Muitos livros infantis estão disponíveis para tablets e iPads, cuja resposta é imediata ao menor estímulo e descaracteriza a principal função do livro: parar para ler, para fazer a mente respirar, aprender a juntar uma palavra com outra, paulatinamente formando frases e sentenças, e, finalmente, concluir um raciocínio ou uma estória.

Cerquem suas crianças de livros e leiam com elas, por amor. Deixem que se esparramem em almofadas e façam sua imaginação voar!

                                           

Fonte: http://www.contioutra.com/estamos-enlouquecendo-nossas-criancas-estimulos-demais-concentracao-de-menos/
Publicado por Psicopedagoga Simone Bauler Reiter

quinta-feira, 4 de junho de 2015

COMPORTAMENTO - Movimentar-se para aprender

Psicomotricidade na Educação Infantil ajuda a desenvolver capacidades que vão auxiliar nos processos de aprendizagens mais complexos


                                                    Fotos: Shutterstock e Gina Mardones

Correr, pular e brincar. Atividades como essas podem ser determinantes para o sucesso escolar de crianças e adolescentes quando aplicadas de maneira correta. De acordo com o psicomotricista espanhol e especialista em problemas de aprendizagem, Juan Antonio García Núñez, para que a capacidade de ler e escrever, por exemplo, seja aprendida de maneira eficaz é preciso que a criança tenha desenvolvido anteriormente sua capacidade motora. García Núñez esteve em Londrina para uma palestra sobre a psicomotricidade na Educação Infantil quando falou à FOLHA sobre a importância de aplicar os conceitos da psicomotricidade antes da fase de alfabetização.

Conforme o especialista, autor do livro "Psicomotricidade e Educação Infantil", que acaba de ser traduzido e lançado no Brasil, a psicomotricidade é a ciência que estuda o desenvolvimento do ser humano levando em consideração os aspectos cognitivos, emocionais e motores. "É a relação que se tem entre a mente e o corpo. Duas áreas que, até então, estavam desconectadas da psique. A psicomotricidade trabalha essa inter-relação e desenvolve através do corpo as atividades que vão integrar funções mais complexas como a escrita."

Por esse motivo, Garcia Núñez considera ser essencial que a Educação Infantil tenha como base o desenvolvimento motor antes da fase de alfabetização. "Primeiro vem a ação depois o pensamento. Essa é a base da psicomotricidade. A ação precede o pensamento para que depois o pensamento regule a ação. O corpo é o meio primário", explica. "Nas primeiras etapas da educação é onde se consegue promover as capacidades para depois integrá-las às informações. Na fase da Educação Infantil o corpo é o veiculo pelo qual o ato motor desenvolve a própria linguagem. É pelo corpo que a criança vai passar a integrar todas as informações que recebe. Somente depois é que ela vai construir, dentre outras coisas, a linguagem, que é o suporte para a alfabetização, por exemplo."

Para o psicomotricista, ignorar essa necessidade ou pular essa etapa para apressar os processos de aprendizagem pode resultar em problemas posteriormente. "Isso vai afetar os processos superiores de atividade mental como linguagem, leitura e escrita, e possivelmente levar ao fracasso escolar com problemas de aprendizagem como disgrafias e dislexias, por exemplo." Neste aspecto, o importante, conforme Garcia Núñez, é investir nos jogos globais. Antes de aprender a escrever, por exemplo, a criança deve passar por uma sequência de exercícios grafomotores – que envolvem estudos de como ela constrói o traço – para posteriormente passar para o papel. "A primeira fase, porém, é totalmente corporal, um período de pré-escritura mesmo."

No entanto, muito além da leitura e escrita, a psicomotricidade ajuda as crianças a desenvolverem outros aspectos importantes como a compreensão do próprio corpo, a atenção, a percepção de espaço e a própria comunicação. "Para crianças de 0 a 6 anos os fatores emocionais também são importantes. Nestes casos, a psicomotricidade vai atuar nessa área emocional para abrir vias que facilitem a comunicação. Não só a comunicação com o adulto, mas com o outro também, já que toda essa questão do ser e do eu ela constrói com o outro."

Fonte: http://www.folhaweb.com.br/